Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo de Sousa, pediu hoje (12) à Comissão de Ética Pública da Presidência da República uma avaliação sobre o trabalho de comissão interna da UnB, instituída em 2008, para que se possa fazer uma adaptação, "a partir de problemas do cotidiano, na sua atuação.” Sousa visitou a Comissão de Ética da Presidência para ouvir parecer sobre o funcionamento da comissão da universidade.
Segundo o reitor, outras universidades também constituíram comissões de ética pública, mas há segmentos que contestam no Judiciário o funcionamento dessas comissões. Por isso, pediu o parecer à comissão da Presidência. A expectativa do reitor é que "o diálogo com a comissão nacional sirva para identificar concordâncias filosóficas e, assim, auxiliar no aperfeiçoamento do que é feito na UnB para a observância da ética pública".
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República começou a funcionar em 2000, com o intuito de avaliar a conduta de autoridades que ocupam cargos na administração federal. O Código de Conduta da Alta Administração Federal contém normas éticas a serem seguidas por autoridades do Executivo, vedando “o recebimento de presentes e de favores de particulares que gerem dúvida sobre probidade ou honorabilidade".
No período da tarde, a comissão discute se o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi (PMDB) quebrou o código de conduta ao viajar de carona em jatinho emprestado por uma empresa do agronegócio, enquanto ocupava a pasta. Ao sair da primeira etapa da reunião, no final da manhã, o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, evitou falar sobre o que foi discutido. Um balanço sobre o que for objeto de dicussão ao longo de todo o dia poderá ser divulgado no final da tarde, depois da segunda etapa das apreciações.
Edição: Lana Cristina