Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O projeto de instalação de unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em comunidades que eram dominadas pelo tráfico de drogas não está com sua imagem comprometida, disse hoje (12) o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Segundo ele, as denúncias de que policiais militares de UPPs receberam propinas de traficantes devem ser investigadas, mas não podem prejudicar o andamento do projeto.
“São 40 anos ou mais em que ilhas de violência desenvolveram suas ações criminosas. Estamos entrando e permanecendo nesses lugares”, disse Beltrame. “Nunca vendi a ilusão de que não temos possibilidade de enfrentar alguns problemas, mas o imprescindível é que se continue [o projeto].”
De acordo com o secretário, os desvios de conduta de policiais militares podem ser consequência de falhas no treinamento e na formação. “Temos que supervisionar, punir e continuar.”
A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou hoje (12) o comandante e o subcomandante da UPP dos morros Coroa e Fallet/Fogueteiro, na zona norte da cidade, após denúncia de moradores de que os policiais receberam propina de traficantes da região. O comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, informou que a investigação está em fase final e deve ser concluída em uma semana.
Edição: João Carlos Rodrigues