Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Há uma semana no cargo de primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda visitou hoje (8), pela primeira vez, a região de Fukushima, no Nordeste do país. A área foi a mais afetada pelo terremoto, seguido por tsunami, no último dia 11 de março, e teve os impactos agravados pelos acidentes radioativos provocados por explosões e vazamentos da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi.
Vestido com uma roupa especial, Noda percorreu a usina. Ele foi aos locais onde estão os reatores que sofreram os principais efeitos do terremoto e tsunami, provocando as explosões e os vazamentos.
Ainda hoje, o primeiro-ministro deve se reunir com o governador da província de Fukushima, Yuhei Sato, e moradores da região. Desde o acidente nuclear, o governador reclama da forma como vem atuando a administradora da usina, a Tokyo Electric Power (Tepco).
Os acidentes nucleares foram provocados pela falta de refrigeração em alguns reatores da usina e por rachaduras em outros. Segundo especialistas, as explosões e os vazamentos ocorridos em Fukushima foram os mais graves desde o acidente nuclear de Chernobyl (Ucrânia), em 1986. O governo japonês proibiu a produção e o consumo de culturas da região e cerca de 80 mil famílias foram retiradas da área em volta da usina.
Na primeira etapa da visita, Noda disse que vai dar prioridade aos esforços para acelerar a reconstrução das áreas devastadas pelo terremoto e tsunami de 11 de março e encerrar a crise nuclear.
*Com informações da emissora estatal de televisão do Japão, NHK, e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.//Edição: Graça Adjuto