Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do estado (Cedae), Wagner Victer, informou hoje (23), que a companhia, até o momento, está isenta de qualquer investigação no caso que levou 57 recrutas do Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (Ciampa), da Marinha, a serem internados com insuficiência respiratória.
Segundo Victer, a Cedae não tem parecer sobre o caso, porque, em nenhum momento, foi levantada a hipótese de irregularidades no abastecimento de água na região.
“A Cedae, sobre esse ocorrido no quartel da Marinha, não tem parecer e nem vai fazer parecer, até porque, em nenhum momento, foi solicitado. Essa questão não tem qualquer relação com a qualidade de água fornecida. Se fosse um problema de água não aconteceria somente no quartel da Marinha, aconteceria com toda a população da região de Campo Grande. Isso porque a mesma água que é fornecida ali também é fornecida a todos os moradores do Rio de Janeiro. A água vem do Sistema Guandu”, alegou.
Ontem (22), dois defensores públicos da União fizeram uma visita aos aspirantes a fuzileiros navais internados no Hospital Marcílio Dias. Segundo eles, os recrutas afirmaram que não foram submetidos ao excesso de exercícios, no entanto, foram unânimes ao relatar que a falta de água potável no centro de instrução é constante, durante alguns períodos do dia, sendo obrigados a beber água da torneira para matar a sede.
Para Victer, o problema pode ser interno, já que os recrutas beberam água das torneiras durante o curso. “Pode ser uma contaminação interna por não limpeza das caixas d’água ou da cisterna, ou até utilização de águas de poço, que é uma coisa normal, apesar de irregular, por conter muitas bactérias. Em nenhum momento, a alternativa Cedae foi levantada como sendo hipótese, por qualquer pessoa, inclusive pelas próprias vítimas.”
Victer disse que a Cedae está disposta a colaborar e, se for solicitado à companhia uma análise da água, ela será feita.
Edição: Lana Cristina