Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em meio a incertezas sobre a situação na Líbia, o Brasil mantém articulações com representantes da oposição no país africano, que comandam o Conselho Nacional de Transição (CNT). O embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantonio Neto, é o encarregado de conversar com os rebeldes que tentam tomar o poder na Líbia. Paralelamente, o governo brasileiro mantém diálogo com os líderes de outros países da região.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Tovar Nunes, disse hoje (23) que o Brasil apoia quaisquer medidas que visem à estabilidade política e social na Líbia, assim como alternativas que encerrem os conflitos na região.
“O governo de transição na Líbia não pode ter um caráter de vingança, deve buscar o caminho da serenidade, respeitando [o princípio de] que medidas políticas têm de ser conduzidas pelos próprios líbios. Não há como comparar o que ocorre com a Líbia com [o que ocorreu em] qualquer outro país que tenha vivido momentos de tensão”, disse Tovar.
Segundo o porta-voz, tradicionalmente, o Brasil é contra decisões que levem ao uso da força ou que, de alguma forma,violem os direitos humanos. “Acompanhamos o que ocorre na Líbia com a confiança de que estabilidade será retomada.”
O assunto será tema também de uma reunião, hoje, entre o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o secretário dos Negócios Estrangeiros das Filipinas, Albert del Rosario. Eles vão conversar ainda sobre investimentos em agricultura, biocombustíveis e programas de inclusão social.
No ano passado, o intercâmbio comercial bilateral entre o Brasil e as Filipinas atingiu US$ 779,4 milhões: as exportações brasileiras somaram US$ 449,4 milhões e as importações, US$ 330,0 milhões.
Edição: Nádia Franco