Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Apesar da crise econômica enfrentada pelos Estados Unidos, ainda há espaço para o Brasil aumentar as exportações para aquele mercado, segundo o coordenador de Desenvolvimento de Novos Produtos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Juarez Leal. “Os Estados Unidos vão continuar comprando. O país é a locomotiva do mundo. É um mercado que não pode ser desprezado”, disse hoje (17) Leal, ao participar de um seminário promovido pela Apex-Brasil, em São Paulo.
Durante o evento, a agência orientou empresários para que aproveitem melhor o potencial de exportação para os EUA. De acordo com Leal, a economia americana deve crescer pelo menos 2% ao ano até 2014. Com isso, assinalou, o consumo naquele país deve aumentar em US$ 500 milhões (quase R$ 800 milhões).
No passado, lembrou Leal, os EUA importaram US$ 1,9 trilhão (mais de R$ 3 trilhões). De total, pouco mais de 1,3% foram comprados de empresas brasileiras. Em 2010, 5.834 companhias nacionais exportaram US$ 24,9 bilhões (R$ 39,5 bilhões) aos Estados Unidos. Esses embarques, observou o executivo da Apex, não são pequenas, mas podem ser maiores.
A gerente do Centro de Negócios da Apex em Miami, Silvia Breda, citou algumas áreas com maior potencial para as empresas nacionais no mercado dos EUA. Segundo ela, os setores de alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos, artigos de construção e decoração e moda têm espaço para aumentar suas exportações. Para tanto, acrescentou, precisam fazer esforços para consolidar suas marcas, além de atuarem melhor no pós-venda.
Como esse tipo de investimento, ressaltou Leal, as empresas brasileiras podem agregar valor aos seus produtos e compensar o câmbio desfavorável à exportação. “Os exportadores não podem querer ganhar no preço. Devem investir em qualidade.”
Edição: João Carlos Rodrigues