Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília - O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) concedeu hoje (16) habeas corpus preventivo ao empresário e jornalista Humberto da Silva Gomes. Investigado por suposto envolvimento no esquema de desvio de recursos do Ministério do Turismo, ele está foragido desde o último dia 9, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Voucher.
O empresário é dono da Barbalho Reis Comunicação e Consultoria, uma das empresas contratadas pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestutura Sustentável (Ibrasi). Segundo investigações da Polícia Federal (PF), a Barbalho foi contratada para fraudar convênios assinados com o ministério para a realização de cursos de qualificação profissional no Amapá.
Gomes é o único dos 38 investigados que não foi detido, embora a Justiça tenha expedido mandado para prendê-lo. Em seu blog, o empresário tem publicado vídeos e textos se defendendo das acusações. Ele garante ter viajado aos Estados Unidos na véspera da Polícia Federal cumprir 19 mandados de prisão preventiva, 19 de prisão temporária e sete de busca e apreensão no Amapá, em São Paulo e no Distrito Federal. Ao todo, 36 pessoas foram presas.
“Afirmo nunca ter participado de uma licitação pública ou sequer ter elaborado [uma]. Nunca trabalhei para o governo federal ou estadual”, escreveu ele ontem (15) em seu blog.
Para não ser preso, Gomes terá que pagar uma multa de 200 salários mínimos, o equivalente a R$ 109 mil, mesma soma estipulada pelo juiz Guilherme Mendonça Doehler como fiança a ser paga pelo secretário executivo do ministério, Frederico Costa e Silva, e pelo ex-prefeito de Ferreira Gomes (AP), Wladimir Furtado, um dos diretores da Cooperativa de Negócios e Consultoria Turística (Conectur).
Edição: João Carlos Rodrigues