Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, rejeitou ontem (12) a adoção de uma solução militar para a crise na Líbia. Em discurso, sem mencionar países nem líderes políticos, ele pediu à comunidade internacional e ao governo do presidente Muammar Khadafi que tentem um cessar-fogo como única forma de obter a paz na região.
“[Apelos a todas as partes envolvidas] para terem todo o cuidado nas suas ações de forma a minimizar possíveis perdas de vidas civis”, disse Ban Ki-moon. "A única forma de atingir a paz e a segurança na Líbia é um cessar-fogo que esteja ligado ao processo político e que vá ao encontro das aspirações do povo”.
Há cerca de seis meses, a Líbia vive confrontos intensos e diários. Porém, em março, a situação se agravou quando as forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) passaram a atuar na região a partir de uma área de exclusão aérea. Civis, inclusive crianças e mulheres, estão entre as vítimas, segundo organizações não governamentais.
Internamente, os conflitos na Líbia envolvem os aliados de Khadafi, a oposição ao governo e também os integrantes da Otan. De acordo com entidades civis, líbios tentam deixar o país diariamente em busca de melhores condições em outros países. Um dos principais locais procurados é a Itália.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.//Edição: Graça Adjuto