Vítor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Polícia Civil faz neste momento a perícia complementar no ônibus que foi sequestrado ontem (9) por quatro criminosos no centro do Rio de Janeiro. Até agora, os peritos identificaram 16 marcas de tiros no veículo, que está no pátio da delegacia da Cidade Nova, responsável pela investigação do caso.
A perícia começou ainda na noite de ontem, mas como estava muito escuro o trabalho foi interrompido. Os peritos querem saber de onde partiram os disparos e entender a dinâmica do tiroteio durante o sequestro do ônibus. As armas dos policiais que atuaram no caso já foram apreendidas.
Cinco pessoas – três passageiros, um policial e um bandido – ficaram feridas. Os três passageiros (duas mulheres e um homem) continuam internados no hospital municipal Souza Aguiar, no centro. Uma das mulheres foi baleada no tórax e está em estado grave. Liza Mônica Pereira, de 46 anos, precisa de sangue A negativo. Tammy Pereira, filha de Liza, faz um apelo para que as pessoas com esse tipo sanguíneo compareçam ao Instituto de Hematologia do Estado do Rio de Janeiro (HemoRio).
O assaltante Jean Junior da Costa tem plano de saúde e está internado no Hospital São Lucas, da rede particular. A unidade fica em Copacabana.
Até o momento, três suspeitos foram presos, inclusive um que foi baleado e procurou atendimento em um hospital particular em Copacabana, na zona sul da cidade. Um quarto suspeito foi reconhecido por testemunhas no catálogo de fotos da Polícia Civil e já teve o mandado de prisão preventiva expedido. Desde a madrugada, 35 pessoas, entre passageiros, testemunhas e policiais prestaram depoimentos.
A mãe de um dos suspeitos, que não quis se identificar com medo de sofrer represálias no trabalho, disse que o filho, Renato da Costa Júnior, já foi preso duas vezes por tráfico de drogas. A mulher foi à delegacia da Cidade Nova ver o filho. “Perdi meu chão. Parece que meu mundo se abriu, é um tsunami”, desabafou.
Edição: Talita Cavalcante// A matéria foi ampliada às 10h44.