Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, e a secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, chegam amanhã (9) à base da Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) Envira, acompanhados de um efetivo da Polícia Federal, segundo informações da fundação.
A base, mantida pela Funai, foi atacada por traficantes peruanos no final de julho. O destacamento fica a 32 quilômetros da fronteira entre o Brasil e o Peru localizada no estado do Acre e a cinco dias de barco do município de Feijó (AC). A equipe da Envira é responsável por garantir a proteção territorial dos grupos de índios isolados que vivem na região acreana de fronteira entre os dois países.
Depois do ataque, os funcionários deixaram o local e voltaram à base na última sexta-feira (5). Uma equipe com seis policiais da Polícia Militar do Acre chegou ao local ontem (7) para dar segurança à equipe de Envira.
Logo após o ataque, a Funai comunicou a invasão ao Ministério da Justiça, que mobilizou a Polícia Federal. Com o apoio logístico do estado do Acre e do Exército, e também com a ajuda de mateiros que trabalham na frente de Envira, a equipe da PF conseguiu rastrear e prender o narcotraficante português Joaquim Antônio Custódio Fadista. Ele já havia sido preso e extraditado para o Peru, mas voltou à região, supostamente para pegar uma mochila com drogas.
De acordo com a Funai, um dos funcionários e dois mateiros encontraram vestígios de que os traficantes ainda estejam na região e que podem ter atacado os índios. Isso porque foi encontrada uma flecha, pertencente a uma das comunidades de índios isolados, numa mochila deixada em um dos acampamentos dos traficantes.
A equipe da base ainda está vasculhando a região e encontrou trilhas recentes, que devem ter sido feitas pelos traficantes.
Edição: Lana Cristina