Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao comentar os números sobre a nova classe média brasileira, o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Moreira Franco, afirmou hoje (8) que o modelo que abriu portas para um aumento no ritmo de mobilidade social no país não se esgotou.
Após participar do seminário Políticas Públicas para a Nova Classe Média, ele admitiu que o cenário econômico internacional atual é, “no mínimo, esquisito”, mas ressaltou que o governo brasileiro trabalha de forma preventiva para que as pessoas que passaram a integrar a classe média não retornem para a pobreza.
“Pela primeira vez, não estamos correndo atrás do prejuízo. Estamos nos preparando preventivamente para entender a realidade que vivemos e já ter as políticas públicas necessárias para que possamos enfrentar problemas e garantir justiça a esse segmento que entra na sociedade brasileira com muita força”, disse.
Moreira Franco avaliou como fundamental que o país tenha uma classe média sólida e permanente, sobretudo diante do objetivo de se tornar a quinta maior economia do mundo. Segundo ele, mais do que uma “salvaguarda” em relação aos perigos do cenário financeiro internacional, a classe média representa “um ativo” para o Brasil.
Durante a abertura do evento, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também avaliou a situação econômica em países como os Estados Unidos e a União Europeia como séria, com “dificuldade de recuperação considerável”.
“São tempos duros. Precisamos estar preparados para proteger o Brasil”, afirmou. Para ela, programas como o Brasil Maior, lançado na semana passada, são instrumentos que dão fôlego renovado à indústria brasileira e beneficiam a nova classe média brasileira.
Edição: Lílian Beraldo