Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em seu primeiro pronunciamento como ministro da Defesa, o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim elogiou o trabalho de seus antecessores e prometeu respeitar os interesses estratégicos nacionais na condução da política setorial.
Ao citar o ex-ministro Nelson Jobim, que deixou o cargo na noite de quinta-feira (5) após uma sucessão de declarações que geraram desconforto ao governo federal, destacou a importância da Estratégia Nacional de Defesa - elaborada por Jobim e pelo ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) Roberto Mangabeira Unger com a assessoria de militares e aprovada em dezembro de 2008 sob a forma de decreto presidencial, com o objetivo de modernizar a estrutura nacional de defesa.
“Tenho muito apreço pelo trabalho feito pelos meus antecessores, inclusive pelo ministro Nelson Jobim. Acho que a Defesa tem um projeto importante. Há um projeto importante, uma estratégia nacional definida”, comentou o ministro antes de acrescentar que, na condição de servidor público, pretende abrir canais de diálogo com a sociedade “sem perder de vista os interesses maiores da nação”.
Amorim, cuja nomeação para o cargo foi publicada no Diário Oficial da União de ontem (5), agradeceu a confiança da presidenta Dilma Rousseff, a cujo governo disse pretender servir “com o mesmo afinco e empenho com que trabalhei em outras funções”. Ele também adiantou que se reunirá hoje (6) em Brasília com os comandantes das Forças Armadas.
Sem espaço para perguntas dos jornalistas, o pronunciamento, que não chegou a três minutos, ocorreu ontem (5) em um dos campus da Universidade Estadual da Paraíba, em João Pessoa, onde Amorim fez uma palestra sobre relações internacionais e a política externa no governo Lula. Segundo a assessoria da instituição de ensino, o convite ao ex-chanceler foi feito há mais de um mês.
Edição: Andréa Quintiere