Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice do Custo de Vida (ICV), medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na cidade de São Paulo, avançou para 0,44%, em julho ante uma variação de -0,34%, em junho. Essa elevação de 0,78 ponto percentual reflete, principalmente, aumentos de preços nos grupos saúde (2,02%), transporte (0,54%) e habitação (0,26%).
As despesas com a assistência médica ajudaram a pressionar o ICV, com alta média de 2,53%, com destaque para as diária em hospitais, que subiu 9,31%. Em transporte, o que puxou o índice foi o álcool combustível (5,95%). Em habitação, a maior elevação foi verificada nos reparos das edificações por causa do reajuste da mão de obra na construção civil (1,57%).
Os demais grupos pesquisados apresentaram queda, entre eles alimentação (-0,02%), sob o efeito dos produtos in natura e semielaborados (-0,43%). A redução não foi maior, em parte, por causa das correções de preços dos peixes e frutos do mar (12,62%), com destaque para o camarão, que ficou 20,96% mais caro.
Também subiu o preço do leite in natura (1,47%) e dos grãos (0,40%). O feijão ficou 2,96% mais caro e, no caso do arroz, houve deflação de 0,88%. Entre os itens em queda estão: aves e ovos (-0,82%); carnes (-1,04%); legumes (-5,30%), com destaque para o tomate (-17,55%); hortaliças (-5,33%) e raízes e tubérculos (-6,01), sob a influência da batata (-11,44%) e da cenoura (-8,44%).
Em vestuário, houve queda de preços (-0,27%). O grupo equipamentos apresentou variação de -0,44%, devido à queda de 1,08% dos preços dos eletrodomésticos.
Edição: Juliana Andrade