Da Agência Lusa
Brasília - O autor dos ataques de Oslo, Anders Behring Breivik, disse que a organização da qual faz parte tem duas células na Noruega e várias no mundo ocidental, segundo o advogado dele, Geir Lippestad, durante coletiva de imprensa na capital norueguesa.
Segundo Geir Lippestad, a primeira audiência de Breivik em tribunal ontem (26) foi fechada por receio das autoridades de que o suspeito enviasse sinais para outras células.
Breivik confessou a autoria dos ataques de sexta-feira em Oslo e na Ilha de Utoeya, nos quais morreram 76 pessoas, mas se declarou inocente da acusação de terrorismo, argumentando que agiu para salvar a Europa.
Os alvos dos ataques foram o edifício que abriga a sede do governo trabalhista da Noruega, no centro de Oslo, e um campo de verão da juventude do Partido Trabalhista na Ilha de Utoeya, perto da capital.
O advogado, que disse ser membro do Partido Trabalhista, afirmou que não vai receber instruções de Breivik e que alguém tem de defendê-lo. “O sistema legal é muito importante, alguém tem de fazer esse trabalho”, disse.
Lippestad considerou que os ataques e a forma como foram cometidos demonstram que o suspeito “é louco” e uma pessoa “muito fria”. Breivik “detesta todos os que acreditam na democracia”, disse o advogado, acrescentando que seu cliente considera que os ataques foram “necessários” porque a Europa vive em estado de guerra.
Breivik ficou “surpreendido por ter atingido seus fins” e “esperava ser morto” durante os ataques, disse o advogado. A família de Breivik não pediu até ao momento para vê-lo, segundo o advogado.
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