Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O trecho da calçada da Avenida Rio Branco, esquina com a Rua Mayrink Veiga, no centro do Rio de Janeiro, onde um bueiro da RioLuz, empresa de iluminação pública do município, pegou fogo na madrugada de hoje (20) permanece interditado. Técnicos da Companhia Estadual de Gás (CEG) estão no local para verificar se houve vazamento, já que havia cheiro de gás.
De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura, o incidente ocorreu por volta das 2h desta quarta-feira. O fogo, provocado por um curto-circuito no cabeamento subterrâneo, foi controlado por bombeiros do quartel central da corporação. Ninguém ficou ferido.
De acordo com o ambulante Lourival Rufino, que vende empadas em uma barraca montada próximo ao local do incidente, as explosões de bueiros no Rio assustam os pedestres. “Causa medo porque agora é comum ter problema com os bueiros. De vez em quando alguém se fere, mas eu não posso ficar doente porque tenho que trabalhar.”
Já o motorista de táxi, que trabalha em um ponto também na Avenida Rio Branco, cobrou das autoridades mais firmeza para punir os culpados. “Não é possível que isso também acabe em pizza. A gente parece estar andando em um campo minado no Rio. Não se sabe de onde pode vir o próximo problema. É preciso que os responsáveis sejam punidos”, afirmou.
Pelo menos mais 14 incidentes envolvendo bueiros foram registrados somente no mês de julho na cidade. O último ocorreu na segunda-feira (18), quando houve uma explosão em uma galeria subterrânea da Light, em Botafogo, na zona sul, deixando uma pessoa ferida.
Ontem (19), a prefeitura do Rio e o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-RJ) decidiram contratar uma empresa para monitorar os bueiros na cidade. Os serviços, em caráter emergencial, terão duração de seis meses e serão pagos pelo município. Ficou acertado ainda que a empresa vai monitorar diariamente 500 caixas de inspeção e 50 câmaras transformadoras.
A iniciativa faz parte do acordo de cooperação técnica firmado entre a prefeitura do Rio, o governo do Estado do Rio, o Ministério Público e o Crea-RJ.
A Rioluz e a CEG informaram que devem enviar nota oficial sobre o ocorrido nas próximas horas. Já a assessoria de imprensa da Light informou que enviou técnicos ao local, mas como não se tratava de um bueiro ligado à companhia, não havia o que fazer.
Edição: Talita Cavalcante
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