Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Brasil conquistou medalha de ouro, por equipe, na modalidade fogo central 25 metros. Com essa conquista, o país soma dez medalhas de ouro e passa a liderar o ranking, à frente da China. Os brasileiros têm chance de conquistar ainda hoje (19) mais duas medalhas nas provas de tiro, durante esta quinta edição dos Jogos Mundiais Militares.
Formado pelo major José Carlos Iengo, major Emerson Duarte e o tenente-coronel, Júlio Almeida, o grupo disputou a categoria durante a manhã, no Centro Nacional de Tiro Esportivo, em Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro. As equipes da Turquia (2º) e da Índia (3º) completaram o pódio.
Ao longo do dia estão sendo disputadas finais por equipes nas modalidades fuzil standard três posições 300 metros e pistola 25 metros. Para o técnico da categoria de fogo central, capitão Samir da Rosa, o Brasil vem ganhando tradição no esporte nos últimos anos e tem grandes chances de conquistar o ouro nas provas de hoje.
“Não há favoritismo. O tiro é um esporte que só se define com o último disparo, mas o Brasil conquistou títulos importantes, como o Campeonato Mundial de Tiro, que também aconteceu no Rio de Janeiro, no ano passado. Isso deu uma bagagem e garantiu um respeito muito grande à equipe brasileira”, afirmou.
Segundo ele, os bons resultados são fruto da dedicação dos atletas e do apoio ao esporte, principalmente do Exército e do governo federal.
Integrante da delegação brasileira, o major José Carlos Iengo pratica tiro há quase 20 anos. Segundo ele, o esporte é “apaixonante”, em que não há preconceito de idade. “Em que outro esporte eu poderia ingressar aos 22 ou 23 anos ainda com chance de participar de competições mundiais e de ganhar medalhas? No tiro, um senhor de 50 anos disputa de igual para igual com um jovem de 20 anos”, disse.
Apesar do entusiasmo dos atletas, nas arquibancadas do Centro Nacional de Tiro Esportivo poucos expectadores acompanhavam as provas. Em meio a competidores de outras modalidades e integrantes de comissões técnicas, que ocupavam a maioria dos lugares, a estudante Natália Pinto, de 18 anos, aproveitou as férias e foi sozinha assistir à competição.
“Vi uma divulgação dessas provas na televisão e, como moro aqui perto, em Campo Grande, decidi ver de perto. Estou achando bem interessante, apesar de não estar entendendo muita coisa”, disse.
Já o analista de sistemas Luiz Manoel Valente, que também mora perto do local das provas, levou os dois filhos, um de nove e o outro de 12 anos, para acompanhar as disputas. “Vamos sediar as Olimpíadas e teremos também a Copa do Mundo. Acho importante transmitir a eles o espírito esportivo”, afirmou.
Ele destacou, no entanto, que no “país do futebol ainda é um pouco estranho assistir a provas de tiro esportivo”. Segundo Valente, é preciso conhecer melhor o esporte para “encontrar emoção”.
Os resultados das provas de tiro, disputadas hoje, serão divulgados até o fim da tarde.
Edição: Talita Cavalcante