Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A abertura oficial, hoje (30), da primeira edição do Rio Festival Gay de Cinema marca as comemorações, no Rio, do Dia Mundial do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), celebrado no último dia 28.
Durante o festival, que vai até 10 de julho, serão apresentados seis longas e 35 curtas-metragens brasileiros e estrangeiros, nos gêneros ficção e documentário. Participam filmes de 13 países. Do total, cinco longas e 28 curtas farão sua estreia no festival, que será aberto ao público amanhã (1º).
As exibições ocorrerão no Cine Odeon Petrobras e no Centro Cultural Justiça Federal. Os melhores filmes, escolhidos pelo público e por um júri, receberão o Troféu do Rio Festival Gay de Cinema 2011.
O presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Manoel Rangel, disse à Agência Brasil que a entidade vê como “extremamente positivas todas as iniciativas que valorizem a diversidade cultural”. Destacou que diversidade consiste em trazer todos os filmes e visões que pessoas do mundo inteiro têm sobre a cultura.
“Portanto, a realização desse primeiro festival tem o sentido de permitir que se possa ter pluralidade de visão do cinema brasileiro e do cinema internacional disponível”. Rangel lembrou que em São Paulo já existe há alguns anos o Festival Mix da Diversidade Sexual e que o Rio Festival Gay de Cinema se soma a essa iniciativa. “É mais um festival que estimula o processo da reflexão cultural”, afirmou.
Para o produtor do festival, Julio Cesar Mello, a escolha do Rio para sediar o evento “tem tudo a ver”. Segundo ele, além de ser considerada porta de entrada do turismo estrangeiro no Brasil, a capital fluminense abriga muitas pessoas de mente aberta e ousadas. “O Rio de Janeiro é reconhecido internacionalmente por receber bem os turistas, incluindo os gays de todas as partes do mundo”, disse.
O festival abordará diversos temas relacionados ao público LGBT, com a finalidade de informar e esclarecer sobre questões ligadas à diversidade sexual. “Eles são pessoas normais, que têm filhos, trabalham, pagam impostos, são religiosos. Só que têm orientação sexual diferente”, acrescentou Mello.
O superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, Cláudio Nascimento, disse que o Rio Festival Gay de Cinema “vai mostrar que gays, lésbicas e transexuais são pessoas comuns, cidadãos com sonhos e histórias de vida, com tropeços, sucessos”.
Coordenador do programa estadual Rio sem Homofobia, Nascimento ressaltou a importância do festival “para trazer ao cotidiano o entendimento dessa luta”.
Edição: Graça Adjuto