GDF e servidores não chegam a acordo para acabar com a greve na saúde

29/06/2011 - 18h11

Da Agência Brasil

Brasília – A greve dos servidores da saúde do Distrito Federal (DF) entrou hoje (29) no seu terceiro dia sem qualquer acordo que ponha fim ao movimento. Diante do que considera inflexibilidade da categoria, o governo disse que vai pedir na Justiça a ilegalidade da paralisação e que cortará o ponto do funcionário que faltar ao trabalho por adesão à greve.

Para o Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde do Distrito Federal (Sindsaúde-DF), a medida é um ato de repressão que incluem ainda ameaças de demissões, remoção do setor de trabalho e intervenção policial. O presidente da entidade, Agamenon Torres, disse que os servidores têm sofrido com os baixos salários e péssimas condições de trabalho.

"Os servidores da saúde são a parte mais vulnerável nessa negociação. Eles recebem baixos salários [o salário médio da categoria está entre R$ 700 e R$ 1.200] e trabalham submetidos a péssimas condições de trabalho. Muitas vezes precisam carregar pacientes nas costas, quando os elevadores quebram. Alguns são agredidos verbal e fisicamente por pacientes insatisfeitos com a demora no atendimento médico. Os servidores da saúde são vítimas nesse processo e, em muitos casos, heróis. E o governo está pintando os servidores para a sociedade como vilões por causa da greve", disse.

Em nota, o governo diz que se manteve “aberto ao diálogo atendendo a representantes do movimento mas, diante da postura inflexível do sindicato, não iremos mais negociar com os servidores em greve”. Para o GDF, o “movimento é precipitado, uma vez que tem mostrado disposição em atender às reivindicações do setor”.

As principais reivindicações da categoria são aumento de 34% no valor do auxílio-alimentação (de R$ 199 para R$ 304), repasse imediato do percentual de reajuste do Fundo Constitucional do DF, a implantação do plano de carreira, cargos e salários e a oferta de plano de saúde. Os servidores pedem ainda a incorporação aos salários da gratificação por apoio técnico administrativo e a diminuição da carga de trabalho para 20 horas semanais.

 

Edição: Aécio Amado