Servidores da saúde do DF entram em greve e hospitais funcionam com 30% do pessoal

27/06/2011 - 14h33

Da Agência Brasil

Brasília - Cerca de 2 mil servidores da área de saúde do Distrito Federal (DF) decidiram, em assembleia na manhã de hoje (27), entrar em greve por tempo indeterminado. “Vamos continuar com a greve até que o governo [do DF] apresente uma proposta que atenda às nossas reivindicações”, disse Agamenon Torres, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Distrito Federal. Os servidores reclamam das condições de trabalho e da baixa remuneração.

As principais reivindicações da categoria são aumento de 34% do auxílio-alimentação, de R$ 199 para R$ 304, o repasse imediato do percentual de reajuste do Fundo Constitucional do DF, a implantação do plano de carreira, cargos e salários da categoria, e a oferta de plano de saúde. Os profissionais de saúde pedem também a incorporação aos salários da Gratificação por Apoio Técnico Administrativo (Gata) e a redução da carga horária para 20 horas semanais.

A greve abrange profissionais dos níveis médio, técnico e superior, com exceção de médicos, enfermeiros e dentistas, que são representados por sindicato próprio.

A técnica em eletrocardiograma Barbara Aparecida trabalha no Hospital Regional da Ceilândia (HRC) e reclama que a estrutura do hospital é muito precária. “As condições de trabalho oferecidas ao profissionais de saúde muitas vezes impossibilitam o atendimento adequado do paciente”.

Apenas a manutenção dos serviços emergenciais, como centros cirúrgicos, unidades de terapia intensiva (UTIs) e pronto-socorros vão funcionar com 30% do pessoal, como determina a legislação.

No inicio da manhã, Agamenon Torres participou de reunião com secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, no Palácio do Buriti, sede do governo distrital. A proposta do governo foi incorporar 40% da Gata até setembro, medida que já conta com  amparo legal. Além disso, foi oferecido aumento do auxilio-alimentação. A secretaria propôs abrir um cronograma de negociação para as demais reivindicações. Mas o sindicato não aceitou as ofertas. “Não houve negociação porque o governo não ofereceu nada além do que já estava previsto para acontecer”, justificou Torres.

Edção: Vinicius Doria