Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A conta de serviços e renda (remessas de lucros e dividendos de multinacionais, pagamentos de juros da dívida, viagens internacionais e fretes de importações e exportações, entre outros) registrou um desembolso líquido de US$ 32,123 bilhões de janeiro a maio, informou hoje (27) o Banco Central (BC). A projeção para o desembolso no ano subiu de US$ 78 bilhões para US$ 83 bilhões.
Com esse desempenho, o Banco Central (BC) manteve a projeção de déficit em transações correntes neste ano em US$ 60 bilhões, o que deve representar 2,49% do Produto Interno Bruto (PIB).
Nos cinco meses do ano, o déficit em transações correntes (registro das operações de compra e venda de mercadorias e serviços com o exterior) ficou em US$ 22,172 bilhões, contra US$ 18,574 bilhões registrados em igual período de 2010. Em todo o ano passado, o déficit em conta-corrente ficou em US$ 47,365 bilhões.
Outro item que faz parte do balanço de transações correntes é a conta de viagens, que registra as despesas de brasileiros no exterior e as receitas deixadas por estrangeiros no Brasil. De janeiro a maio deste ano, os gastos de brasileiros no exterior maiores do que os de estrangeiros no Brasil geraram o déficit na conta de viagens internacionais de US$ 5,450 bilhões. Somente em maio, esse saldo negativo ficou em US$ 1,120 bilhão. Em 2010, o déficit na conta de viagens ficou em US$ 10,503 bilhões.
Nos cinco meses do ano, os brasileiros gastaram no exterior US$ 8,331 bilhões, enquanto os estrangeiros registraram US$ 2,881 bilhões de despesas no país. O BC aumentou a projeção para o déficit na conta de viagens este ano, de US$ 12 bilhões para US$ 15 bilhões.
Já a balança comercial (registro de exportações e importações) registrou superávit de US$ 8,559 bilhões de janeiro a maio de 2011. A estimativa do BC para o superávit comercial no ano subiu de US$ 15 bilhões para US$ 20 bilhões.
As transferências unilaterais correntes (registro de transferências de recursos sem contrapartida de serviços e bens) registram ingresso líquido (descontada a saída) de US$ 1,392 bilhão e a projeção para o ano permaneceu em US$ 3 bilhões.
A estimativa de remessa de lucros e dividendos subiu de US$ 34 bilhões para US$ 37 bilhões neste ano. Nos cinco meses do ano, essas remessas ficaram em US$ 14,704 bilhões.
Edição: Juliana Andrade // Matéria alterada para acréscimo de informações. O título também foi modificado