Britânicos discutem com Petrobras oportunidades de negócios no setor energético brasileiro

22/06/2011 - 11h49

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Membros do governo britânico reuniram-se na manhã de hoje (22) com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, para discutir oportunidades de negócios e parcerias no setor de energia brasileiro. Entre os integrantes da comitiva britânica que se reuniram com Gabrielli estão o vice-primeiro-ministro Nick Clegg e o ministro adjunto de Comércio e Investimento, Lord Stephen Green.

Depois da reunião, os três participaram da abertura de um seminário sobre parcerias entre o Brasil e o Reino Unido para o desenvolvimento de uma economia verde. Segundo o ministro adjunto, o Brasil está ocupando um espaço cada vez mais importante no cenário econômico internacional e, por isso, é necessário um novo impulso nas relações comerciais entre os dois países.

Segundo Green, além do setor de energia, há oportunidades nos segmentos de eletrônica, consultoria em engenharia, contabilidade e serviços financeiros, entre outros. “Há uma gama de áreas em que creio haver espaço para cooperação entre o Brasil e a Grã-Bretanha”, disse.

Sobre as oportunidades na exploração do petróleo da camada pré-sal, o vice-primeiro-ministro disse que o Reino Unido pode contribuir para a capacitação profissional e o desenvolvimento tecnológico no setor de petróleo.

Já o presidente da Petrobras mostrou as oportunidades e desafios no mercado de energia brasileiro. Gabrielli destacou que a estatal petrolífera tem o maior programa de investimentos do mundo, já que a empresa prevê investir US$ 224 bilhões até 2014.

Segundo Gabrielli, as novas descobertas de petróleo do Brasil vão transformar o país no maior mercado para equipamentos e serviços de exploração em águas profundas.

O presidente da Petrobras disse, no entanto, que há desafios como o desenvolvimento de tecnologias para explorar a nova fronteira, problemas de logística devido à distância dos campos de petróleo em relação à costa, o treinamento de pessoal e a necessidade de aproximação entre os centros de pesquisa e as empresas fornecedoras de equipamentos e serviços.

A Petrobras prevê capacitar, até 2014, 290 mil pessoas para trabalhar na cadeia produtiva de petróleo. "Já treinamos 78.400 profissionais. Precisamos treinar 212 mil pessoas a mais”, disse Gabrielli.

Segundo ele, nos próximos anos, o mundo verá uma nova geopolítica do petróleo, com a redução do consumo e refino de petróleo nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, e o aumento na América do Sul, África e Ásia.

Edição: Juliana Andrade