Agência Lusa
Brasília - O presidente da Síria, Bashar Al Assad, decretou hoje (21) uma anistia geral. A ideia, segundo ele, é atingir todos os condenados por crimes políticos cometidos até ontem (20). Porém, não há detalhes sobre a medida. A lei afeta todos os presos políticos inclusive os integrantes do grupo denominado Irmandade Muçulmana.
O aviso de Assad não evitou que hoje mais manifestações ocorressem em Damasco. Um pequeno grupo defendia o presidente. De acordo com organização não governamentais, as reações entre manifestantes e forças de segurança do governo na Síria provocaram 1,3 mil mortes de civis e mais de 10 mil prisões.
Desde março, Assad vive sob a pressão de intensas manifestações que ele tenta conter com repressão e violência. Os atos do governo são duramente condenados pela comunidade internacional. No entanto, o presidente não mencionou esses episódios na nova lei de anistia.
Ontem, no terceiro discurso público feito por ele, Assad disse que se dispõe a um “diálogo nacional” e à promoção de mudanças na Constituição. Também prometeu anular o item da Constituição que determina que o Baas seja o “partido dirigente do Estado e da sociedade” na Síria.