Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manteve hoje (21) o afastamento do juiz Alberto Micheli, da 1ª Vara de Família do Tatuapé (SP). O CNJ confirmou decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que colocou o juiz em disponibilidade por ser acusado de envolvimento com a facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os advogados do juiz entraram com recurso no CNJ alegando que o juiz sofreu perseguição de juízes do TJSP e que seu sigilo fiscal foi quebrado de forma irregular. Por unanimidade, o CNJ não acatou os argumentos e o juiz continua afastado. Nesse tipo de punição, ele pode ser chamado de volta ao trabalho a critério da administração pública.
A ligação de Micheli com o crime organizado tem relação com a sua esposa, a advogada Suzana Miller Volpini, acusada de trabalhar para o PCC. O Ministério Público afirmou que o juiz estava ciente da relação de sua esposa com o PCC, e também que o juiz recebia dinheiro da atividade em conta bancária conjunta do casal.
Edição: Rivadavia Severo