Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A empresa que administra a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi no Nordeste do Japão, a Tokyo Electric Power Co (Tepco), abriu hoje (20) de madrugada as portas do edifício onde está o reator 2. O objetivo é tentar reduzir a umidade que se concentra no local. A operação já dura mais de oito horas. Amanhã (21), completam-se 100 dias da maior tragédia da história recente do Japão. Pelo menos 25 mil pessoas desapareceram em decorrência do terremoto seguido por tsunami, em 11 de março.
Com a operação, os especialistas querem conter a poeira radioativa, descontaminar a área e medir os níveis de radiação e, assim, ajustar os equipamentos de medição. A Tepco também planeia injetar nitrogênio nessa unidade para evitar eventuais explosões.
Paralelamente, a direção da Tepco vai tentar reduzir os níveis elevados de radiação detetados no fim de semana no edifício do reator 4 – que estava parado desde o dia 11 de março, quando houve o terremoto seguido por tsunami provocando os abalos na usina gerando os acidentes nucleares.
O objetivo do comando da Tepco é descontaminar a água acumulada nos reatores 1, 2 e 3 onde há mais de 110 mil toneladas de material radioativo. A água, segundo as autoridades, será usada para refrigeração da usina. A previsão é que o trabalho acabe em 2012.
Desde os vazamentos e explosões nucleares, cidades inteiras ao redor da usina foram esvaziadas. As autoridades japonesas proibiram o consumo de água e alimentos oriundos da área. O objetivo é evitar o risco de contaminação radioativa na região.
*Com a agência pública de notícias de Portugal, a Lusa, e a rede estatal de televisão do Japão, a NHK.
Edição: Talita Cavalcante