Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os empresários estão se mantendo otimistas quanto à economia e à situação das suas empresas, segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de junho, divulgado hoje (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O índice, que apresentou queda nos últimos quatro meses, teve um aumento de 0,4 ponto na comparação com maio, tendo atingido 57,9 pontos. O índice varia de 0 a 100 e valores acima de 50 indicam empresários confiantes. Na comparação com junho de 2010, o indicador reduziu 8,1 pontos e está abaixo da média histórica, de 59,7 pontos.
O índice é composto por quatro indicadores reunidos em dois grupos: avaliação das condições atuais da economia e da empresa e a avaliação das condições futuras (dos próximos seis meses) da economia e da empresa.
O indicador que representa as condições atuais da economia ficou em 44,9 pontos, o que demonstra pessimismo. Dos 26 setores da indústria de transformação analisados, 24 registraram opinião de piora da economia. Somente os empresários do setor de outros equipamentos de transporte declararam-se otimistas sobre o momento atual da economia em relação aos últimos seis meses, com 52,4 pontos.
O indicador que trata das condições atuais da empresa ficou nos 50 pontos, mostrando estabilidade. Os empresários da indústria de transformação são os únicos que estão pessimistas quanto a esse ponto, com indicador abaixo da linha dos 50 pontos.
Apesar da baixa expectativa quanto às condições atuais da empresa, os empresários esperaram que haja melhora nos próximos seis meses. O Icei para os próximos seis meses ficou em 62,6 pontos, aumento de 0,5 ponto na comparação com o mês de maio. O indicador de expectativas sobre a economia ficou em 57,4 pontos e em relação à empresa chegou aos 65,1 pontos.
Segundo a CNI, apesar da melhora da expectativa dos empresários em junho na comparação com maio, é possível que a expectativa volte a cair, pois as condições da economia não são favoráveis aos negócios. O cenário é de alta das taxas de juros, câmbio desvalorizado e redução da oferta de crédito.
A pesquisa do índice de confiança foi realizada entre 31 de maio e 15 de junho, com 2.216 empresas, das quais 1.153 pequenas, 730 médias e 333 de grande porte.
Edição: Lana Cristina