Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A pouco mais de um mês de deixar o poder, o presidente do Peru, Alan García, avaliou que ontem (13) foi um dia “decisivo e histórico” para o país. García afirmou que o Peru “está livre” do analfabetismo. "Esta é uma etapa maravilhosa na justiça social", afirmou. Segundo ele, nos últimos anos o número de peruanos alfabetizados chegou a 1,7 milhão, dos quais 70% são mulheres.
Porém, o presidente se disse preocupado porque cerca de 550 mil novos alfabetizados estão desempregados. De acordo com analistas políticos e econômicos, um dos principais desafios de Ollanta Humala, sucessor de García, é a falta de emprego no Peru e o elevado percentual de pobreza no país – aproximadamente 30% da população são considerados na faixa de pobreza.
No entanto, García se concentrou na conquista da redução de analfabetismo do país. O presidente afirmou que a queda para menos de 4% é uma das exigências internacionais. De acordo com ele, é uma ação de "justiça social". "Nós somos livres, como diz o nosso hino, mas a partir de hoje estamos livres do analfabetismo, que excluiu, oprimiu e torturou milhões de peruanos ao longo de nossa história", disse.
De acordo com os dados do governo, em 2006, a taxa de analfabetismo era 11% e agora foi reduzida para menos de 4%. O presidente agradeceu o apoio dado por “milhares de educadores” ao projeto. Os participantes dos cursos tiveram mais de 270 horas de estudo.
Durante a cerimônia, na sede do governo do Peru, María Huamaní Martinez, da cidade de Apurimac, uma das mulheres alfabetizadas, disse que estava feliz pela “oportunidade de ler e escrever”. Em seguida, García levantou a bandeira com a inscrição "Peru livre de analfabetismo".
As informações são da Presidência da República do Peru.
Edição: Juliana Andrade