Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em recuperação, em Cuba, de uma cirurgia para a retirada de um abcesso na pélvis feita há quatro dias, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que “melhora satisfatoriamente”. Chávez negou que o abcesso tenha causado uma infecção. Também rebateu qualquer possibilidade de malignidade e de se afastar do governo. "Foi uma sorte que no abcesso pélvico não houve infecção. Felizmente nas biópsias que foram feitas não houve sinal maligno", disse.
Na mensagem, publicada no jornal oficial cubano, Granma, Chávez afirmou ainda que está sendo acompanhado pelo presidente de Cuba, Raúl Castro, e pelo ex-presidente Fidel Castro. De acordo com o jornal, a mensagem de Chávez foi enviada à rede multiestatal de televisão, Telesur.
Segundo o presidente venezuelano, a operação foi “bem-sucedida”. "Eu estou sendo atendido aqui [em Havana, em Cuba] da melhor forma possível. Fidel me disse que é para descansar. Fidel e Raul estão acompanhados cada detalhe", disse Chávez.
No último dia 10, ele estava em visita a Havana quando foi internado para uma cirurgia de emergência para a retirada do abcesso. "Felizmente, Cuba tem um dos sistemas de saúde mais avançados não só neste continente, mas no mundo, e eu fiquei doente em um bom lugar", disse.
A cirurgia em Cuba ocorreu no momento em que o presidente se recupera uma inflamação no joelho esquerdo. Na passagem por Brasília, no dia 6, Chávez usou muleta alegando que ainda sentia dores. Na mensagem, reproduzida no Granma, o presidente afirmou que anteontem (12) foi “um dia difícil” por ter sido o primeiro do pós-operatório em que ele teve de caminhar.
Ele não informou quando pretende voltar a Caracas, na Venezuela, e retornar ao trabalho. Mas negou limitações nas suas atividades públicas. “É uma lesão sensível, mas sem maiores prejuízos. Estou com minha saúde plena, sem me sentir diminuído. Se isso ocorresse, pediria eu mesmo minha substituição.”
Chávez encerrou a mensagem afirmando sentir muito carinho pela população venezuelana e informou ainda que todos os programas sociais do país serão intensificados. Segundo ele, “nada pode parar” porque o presidente está em tratamento de saúde. "Aqueles que dizem que eu deveria deixar a Presidência terão de trabalhar duro para conseguir", disse ele.
A reação de Chávez foi uma resposta à oposição que cobra detalhes sobre o estado de saúde do presidente. Para os oposicionistas, há informações mantidas em sigilo sobre o tratamento dispensado ao venezuelano.
Edição: Juliana Andrade