Indústria e trabalhadores criticam aumento da Selic por considerar inflação controlada

08/06/2011 - 20h59

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, protestou contra o novo aumento taxa básica de juros (Selic). A decisão de elevar para 12,25% os juros foi tomada na noite de hoje (8) pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

Segundo Skaf, o aumento de 0,25 ponto percentual não faz sentido no cenário atual de queda da inflação e crescimento mais moderado da economia. “Tenho certeza que a sociedade brasileira também não compreendeu as razões deste aumento inadequado e inoportuno, que prejudica todo o país”, criticou.

Também houve queixa por parte dos trabalhadores. A Força Sindical considerou um “grave equívoco” a elevação da Selic. “O aumento é desnecessário, visto que o cenário econômico está mais favorável, com sinais evidentes de controle inflacionário. Infelizmente, o impacto recai unicamente no setor produtivo, afetando negativamente a atividade e o emprego”, disse, por meio de nota, o presidente da entidade, deputado Paulo Pereira da Silva.

Segundo ele, a nova alta nos juros aumentará o gasto público e prejudicará o desenvolvimento do país. “Esta quarta alta seguida da taxa Selic [todas em 2011] aumenta ainda mais o gasto público brasileiro, consumindo bilhões de reais que poderiam ser investidos em áreas prioritárias, como educação, saúde e infraestrutura”.

Edição: Lana Cristina