Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasil – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, negou hoje (2) que tenha se posicionado ou dado sinais sobre o desfecho do procedimento que analisa as denúncias de enriquecimento ilícito do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. “Jamais antecipei qualquer posição. Nunca me manifestei se iria arquivar ou não”, disse Gurgel a jornalistas, na saída da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), no início desta noite, sobre o procedimento que analisa a questão.
No dia 18 de maio, três dias após virem à tona dados sobre a movimentação financeira da empresa de Palocci, a Projeto, Gurgel afirmou que não tinha qualquer elemento que justificasse abertura de investigação. "A prestação de consultoria pode ser reprovável em aspectos éticos, mas, em princípio, não constitui crime e, se não constitui crime, não justifica a atuação do Ministério Público", disse.
Na ocasião, o procurador-geral ainda não tinha pedido informações adicionais ao ministro e admitiu que a situação poderia mudar se surgissem novos indícios. No dia 20, Gurgel enviou, então, pedido de esclarecimento sobre a evolução do patrimônio do ministro e Palocci respondeu, enviando informações na última sexta-feira (27) e ontem (1º).
Gurgel também afirmou hoje que não haverá qualquer posicionamento do Ministério Público sobre o caso nesta semana. A expectativa foi criada, inclusive dentro do governo, quando, em alguns veículos de imprensa, divulgou-se que o procurador revelaria, nesta semana, se abriria ou não investigação contra o ministro-chefe da Casa Civil.
Edição: Lana Cristina