Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a unificação das eleições nos níveis federal, estadual e municipal a partir de 2014. Ao participar hoje (27) de reunião com representantes de seis centrais sindicais, ele pediu apoio à aprovação de reforma política que estabeleça, entre outros mudanças, eleições em um único ano e o financiamento público de campanhas. Caso a proposta não avance, Lula propõe a convocação de Assembleia Constituinte exclusiva para votar a reforma política, disse o presidente o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira, o Paulinho da Força.
“Se [a mobilização] não funcionar, ele [Lula] acha até que devemos ter uma eleição para fazer uma Constituinte exclusiva sobre a questão eleitoral”, afirmou Paulinho da Força. O ex-presidente não deu entrevista depois de se reunir com os sindicalistas, em São Paulo.
Segundo as lideranças das centrais sindicais, Lula entende que as eleições para presidente, governadores, prefeitos, senadores, deputados federais e estaduais e vereadores devem ocorrer em um mesmo ano, com um intervalo de alguns meses. “Ele acha que essa coisa ter eleições a cada dois anos deve acabar. Não para agora, mas para 2014 ”, disse Paulinho da Força.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique da Silva, citou outras propostas defendidas por Lula. De acordo com Arthur, o ex-presidente é a favor da fidelidade partidária, da ampliação das formas de participação da sociedade na política e da redução dos custos das eleições.
Para diminuir os gastos eleitores, Lula propõe o financiamento público de campanhas, segundo Arthur. Essa proposta do ex-presidente recebeu o apoio da maioria das centrais sindicais. “Financiamento público é quase unanimidade [entre as centrais]”, disse Arthur.
De acordo com o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, ainda há pontos discordantes que precisam ser melhor debatidos entre os sindicalistas. Para buscar um consenso, acrescentou, será promovida uma reunião plenária nos próximos meses. “Faremos um seminário com os movimentos sociais e partidos políticos e vamos ver como podemos entrar definitivamente nesta discussão.”
Se for aprovada uma proposta conjunta de reforma política, as centrais sindicais vão trabalhar pela sua aprovação, ressaltou Paulinho da Força.
Edição: João Carlos Rodrigues