Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O prefeito de Campinas (SP), Hélio de Oliveira Santos, negou hoje (23) que soubesse de irregularidades em seu governo. “Não tinha conhecimento da denúncia. Se tivesse, teria mandado fazer auditoria e sindicância.”
Na sexta-feira (20), a polícia prendeu 11 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de fraudes na contratação de serviços pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), estatal municipal. Entre os presos, está o diretor da companhia, Aurélio Cance Junior. Dois secretários municipais e o vice-prefeito estão foragidos.
Segundo Hélio, os secretários municipais Francisco de Lagos Viana Chagas (Comunicação) e Carlos Henrique Pinto (Segurança Pública) vão renunciar aos cargos. “Eles estão se afastando para não criar constrangimento ao governo e para terem tempo para suas defesas.” Até as 18h de hoje, Chagas e Pinto não haviam se afastado dos cargos.
O vice-prefeito Demétrio Vilagra deixou hoje (23) a presidência da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa). Mas, segundo Hélio, ele não sairá da vice-prefeitura.
Segundo o prefeito, faltam indícios que comprovem o esquema. “Há irregularidades que estão sendo apontadas, mas precisam ser provadas. Também é necessário garantir o direito da ampla defesa.”
Para ele, está havendo uso político das denúncias. Os vereadores de Campinas instalaram na sexta-feira (20) uma comissão para apurar as suspeitas de corrupção envolvendo a prefeitura.
Edição: João Carlos Rodrigues