Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A procura por um imóvel para alugar em São Paulo pode levar mais de um mês. Além disso, os valores pagos têm sido reajustados com percentuais acima da inflação. É o que mostra a pesquisa mensal do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). As unidades disponíveis de imóveis residenciais estavam 2,1% mais caras, em março, na comparação com o mês anterior e, nos últimos 12 meses, aumentaram, em média, 15,25%.
Esse aumento superou a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que acumulou, até março, 6,3% em um ano.
Para os inquilinos que vão renovar os contratos de locação com base no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), o reajuste será de 10,95%. Neste caso, a renovação é mais vantajosa do que sair para um novo aluguel, cujo percentual supera esse índice, compara o vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, Francisco Crestana.
Por meio de nota, ele afirma que a falta de oferta, principalmente de imóveis com maior número de dormitórios, está inflacionando o setor. “Há uma carência generalizada de imóveis para alugar na cidade de São Paulo e isso reflete-se diretamente nos preços.”
As casas e os apartamentos de apenas um dormitório tiveram em março reajuste médio de 0,5% enquanto as residências de dois quartos passaram a valer 2,7% mais e as de três quartos, 3,6%. Os apartamentos vagos demoraram, em média, de 18 a 38 dias para serem ocupados e as casas, entre 12 e 29 dias.
Edição: Lílian Beraldo