Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio de Janeiro informou na manhã de hoje (26) que a cidade voltou ao estado de atenção – o segundo estágio uma escala de quatro - com previsão de chuva fraca a moderada durante o dia, depois que um temporal atingiu a capital na noite de ontem (25) e madrugada de hoje (26). A chuva forte provocou alagamentos e deslizamentos.
De acordo com o Centro de Operações Rio, nas últimas 24 horas choveu 275,8 milímetros, mais do que o previsto para todo o mês de abril. Na Grande Tijuca, na região de Muda, o pico da chuva, na madrugada, foi o terceiro maior desde a criação do sistema de medição, em 1997. Segundo os dados, choveu quase 100 milímetros em uma hora, mais do que o registrado em abril do ano passado.
Devido à intensidade do temporal, sirenes de alerta foram ligadas em 11 comunidades da Grande Tijuca, que estava em situação de alto risco. Com o alarme, as pessoas tiveram que deixar suas casas e se proteger em abrigos pré-definidos pela Defesa Civil. Foram registrados deslizamentos em quatro comunidades da Grande Tijuca, mas todos sem vítimas.
O esquema foi acionado no Borel, em Formiga, no Chacrinha, na Matinha, em Cotia, Encontro, Santa Terezinha, Dona Francisca, no Morro dos Macacos, Morro da Liberdade e em Cachoeira Grande.
Segundo boletim emitido no final da noite de ontem, a Grande Tijuca registrou precipitação de cerca de 200 milímetros, mais que o volume médio previsto para 40 dias. Ficaram alagados importantes acessos à zona norte como a Avenida Francisco Bicalho, Avenida Radial Oeste, Boulevard 28 de Setembro, além de trechos da Rua São Francisco Xavier e da Avenida de Maracanã.
Um homem morreu afogado na Praça da Bandeira, na zona norte, com o transbordamento do Rio Maracanã. Ele chegou a ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros e foi levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu.
Durante a madrugada, a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, entre a zona norte e a zona oeste, precisou ser interditada por causa do rolamento de uma pedra de 300 metros cúbicos - o tamanho de um caminhão - , na altura do Morro da Árvore Seca. Não houve vítimas no local e a Guarda Municipal orienta os motoristas, enquanto equipes da prefeitura estudam como desobstruir a via.
Na Avenida Brasil, a principal ligação entre o centro e a zona oeste, bolsões de alagamento atrapalham o trânsito, que segue com retenções em vários pontos.
O Aeroporto Antônio Carlos Jobim/Galeão opera com ajuda de instrumentos, na Ilha do Governador, e o Aeroporto Santos Dumont funciona normalmente.
O sistema de barcas entre o Rio e Niterói funciona sem problemas. O sistema de trens da Super Via, que chegou a ter o fluxo interrompido em algumas estações por causa de alagamentos, já atende passageiros normalmente. O metrô não registrou interrupções por causa da chuva.
Edição: Juliana Andrade