Renata Giraldi e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (20) que, no atual cenário político internacional, não há espaço para “discórdias e rivalidades”. Dilma se referiu especificamente à América do Sul, citada por ela como prioridade nas relações do Brasil com o mundo.
“Não há espaço para discórdias e rivalidades. Nós sabemos que os destinos da América do Sul e os nossos estão indelevelmente ligados”, disse ao participar da cerimônia de formatura de 109 diplomatas, no Ministério das Relações Exteriores.
A presidenta destacou, ainda, que a palavra que orienta as relações do Brasil com quaisquer países e entidades internacionais é uma só: a “reciprocidade”. Para Dilma, o Brasil alcançou um patamar internacional que o leva a ser tratado em uma relação de igualdade com qualquer governo. Essa disposição foi exposta pela presidenta nas reuniões com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, em março em Brasília, e da China, Hu Jintao, na semana passada, em Pequim.
A presidenta ressaltou que o governo se esforça para ampliar cada vez mais as relações políticas e comerciais com os países da África, da Ásia e do Oriente Médio. “A América do Sul seguirá sendo a prioridade política externa do meu governo, sinalizei isso indo à Argentina [no final de janeiro de 2011]”, disse.
Dilma discursou na cerimônia de formatura dos novos diplomatas ao lado do vice-presidente Michel Temer, do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, do secretário-geral do Itamaraty, Ruy Nogueira, e do diretor do Instituto Rio Branco, Georges Lamazière.
Ela falou também sobre o desempenho econômico do Mercosul. Segundo ela, o grupo teve um crescimento econômico médio de 7,5%, em 2010 e houve uma série de avanços nas áreas política, econômica e social na parceria da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Para Dilma, os esforços nas Américas devem se centralizar na reconstrução do Haiti, principalmente agora com a posso do presidente eleito, Michel Martelly. Ela disse que o político assume o governo proporcionando uma nova etapa na democracia local. “Mostra que a democracia e a solidariedade são armas poderosas para superar a pobreza. Daremos a este fórum a importância que ele merece”, disse.
A presidenta ressaltou ainda que a política externa inclui o apoio da comunidade brasileira que vive no exterior. “Devemos cuidar, acolher e atender a esses brasileiros que estão no exterior”, disse.
Edição: Lana Cristina