Da BBC Brasil
Brasília - O secretário-geral da Organização da Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, pediu hoje (14) aos países-membros “alguns aviões a mais” para os ataques na Líbia. Rasmussen disse que mais aeronaves sofisticadas são necessárias para fazer ataques com maior precisão. Desde o mês passado, a Líbia está sob intervenção militar com autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Segundo o secretário-geral, as aeronaves extras são fundamentais no momento que a aliança sofre pressão para tentar evitar a morte de civis e, ao mesmo tempo, ampliar as ações no país africano. Rasmussen disse que ainda não recebeu ofertas de mais jatos de membros da Otan, mas que “estava confiante” que isso ocorrerá.
“Agora que [as forças leais ao regime líbio] escondem suas armas em áreas densamente povoadas, precisamos de equipamentos sofisticados para evitar a morte de civis. Então, precisamos de alguns jatos de precisão a mais”, disse Rasmussen."Será mantido o ritmo forte das operações contra alvos legítimos."
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou que a Otan deve manter sua determinação e unidade contra o governo de Khadafi. "Precisamos ver Khadafi deixar o poder. Somente então uma transição viável poderá avançar."
O governo dos Estados Unidos afirmou que continua participando dos ataques aéreos à Líbia, apesar de terem reduzido sua participação na operação desde o início da ofensiva. A TV estatal líbia informou que aviões da Otan lançaram hoje ataques sobre a capital do país, Trípoli, mas afirmou que não houve mortes.
As tropas leais a Khadafi lançaram bombas na cidade portuária de Misrata, a única parcialmente controlada pela oposição, no Oeste da Líbia. O número de vítimas na ofensiva em Misrata não foi confirmado.