Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Há uma semana, o presidente da Bolívia, Evo Morales, enfrenta a mais aguda das crises já registradas durante seu governo. Várias categorias profissionais, lideradas por professores e aposentados da zona rural, comandam protestos em La Paz reivindicando reajuste médio de 15% nos salários e benefícios. Os protestos geraram embates entre manifestantes e policiais.
Em reação aos protestos, o governo convocou reuniões extraordinárias e chamou os manifestantes para o diálogo. Paralelamente, o ministro da Casa Civil da Presidência, Oscar Coca, assegurou hoje (14) que os manifestantes não correm risco de perder os empregos. Porém, Coca cobrou deles o fim das paralisações e o retorno ao trabalho.
As informações são da agência estatal de notícias a ABI – Agência Boliviana de Informações. Há sete dias, professores, aposentados da zona rural, motoristas de transportes públicos e de caminhões, assim como funcionários do Conselho Nacional de Saúde, protestam na Bolívia.
Para o ministro, alguns setores são essenciais e não podem aderir à greve. Segundo ele, o foco está nas reivindicações dos professores e dos funcionários da área de saúde. De acordo com Coca, os trabalhadores da indústria e da mineração retornaram ao trabalho.
Ainda hoje, Coca se reúne com dirigentes da Central Obrera Boliviana (COB) – a central sindical de trabalhadores da Bolívia – para avaliar as reivindicações e buscar um acordo."O governo enviou nota para os dirigentes do COB para retomar o diálogo", disse o ministro.
Edição: Vinicius Doria