Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A aprovação pelo Senado do empréstimo de R$ 20 bilhões à empresa que vencer a licitação para construção do trem de alta velocidade (TAV) entre Campinas e Rio de Janeiro ratifica a viabilidade do projeto, assegurou o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Ele afirmou hoje (14) que, com o crédito garantido, o leilão do trem-bala não será mais adiado.
O leilão, que já foi adiado duas vezes, está marcado para ocorrer em julho. “Um dos principais motivos para o adiamento do leilão foi a falta de autorização para o empréstimo do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”, disse ele.
Nascimento foi a São Paulo discutir projetos da área de transporte com o governador do estado, Geraldo Alckmin. Além do TAV, o ministro conversou com o governador sobre a participação do governo federal na construção do último trecho do Rodoanel, o trecho norte, e em obras da Hidrovia Tietê-Paraná.
O ministro disse que o governo federal pretende investir 60% do valor das obras de melhoria da hidrovia. O restante será pago pelo governo estadual. Também irá investir R$ 1,8 bilhão na construção do trecho do Rodoanel, orçado em R$ 5,8 bilhões. "Em, no máximo, 60 dias, o governador deve assinar os contratos", afirmou o ministro.
Para Alckmin, a parceria é positiva porque as duas obras são importantes para a melhoria do sistema de transportes do estado. Com o Rodoanel pronto, estarão interligados por vias expressas o Aeroporto Internacional de Guarulhos, o Porto de Santos e as estradas que dão acesso à capital paulista. Assim, grande parte dos veículos que são obrigados a atravessar a cidade de São Paulo poderá ser desviada para o Rodoanel.
Já a hidrovia, segundo Alckmin, será uma alternativa para o transportes de cargas no estado. Por ela, poderão escoar parte da produção agrícola paulista, principalmente o etanol produzido no estado. Só no ano passado, a hidrovia Tietê-Paraná transportou 5,7 milhões de toneladas de carga. “Este ano, esperamos transportar 6,3 milhões de toneladas”, complementou Alckmin.
Edição: Vinicius Doria