Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O projeto que trata do plebiscito sobre a venda de armas para cidadãos civis não deverá passar na frente de outros sobre segurança pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Segundo o presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), “o combate à violência não pode ser um ato em cima de uma derrota nacional” e a questão da segurança pública precisa ser tratada de maneira mais ampla.
“Honestamente, acho que [o plebiscito] é muito pouco e não vai ser a solução para o Brasil. Tenho vários outros projetos importantes na área de segurança pública e segurança nas escolas. Ele é mais um projeto”, afirmou o senador.
Oliveira quer discutir, junto com o projeto do plebiscito, outros relacionados à entrada de armas ilegais no Brasil, segurança nas fronteiras e aumento de penas para crimes de tráfico de drogas e armas. Para isso, ele pediu um levantamento sobre quantos e quais projetos tratam desses assuntos na comissão.
Ele garante que a iniciativa não foi provocada pelo episódio da semana passada, quando um atirador matou 12 crianças e se suicidou em uma escola pública no Rio de Janeiro. “Independentemente do que aconteceu no Rio, já tinha pedido esse levantamento. Vim de uma campanha para eleições majoritárias, visitei cada município do meu estado e senti nas ruas o clamor por esses projetos.”
Oliveira adiantou ainda que o senador Lindberg Farias (PT-RJ) demonstrou interesse em relatar o projeto sobre o plebiscito. Apesar disso, o presidente da CCJ disse que vai esperar que a proposta chegue à comissão para definir quem será o relator.
Edição: João Carlos Rodrigues