Da Agência Telam
Brasília - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs hoje (13) um plano para reduzir o déficit fiscal em US$ 4 trilhões nos próximos 12 anos - terminando em 2023. A dívida pública norte-americana é US$ 14,3 trilhões. Obama sinalizou que o corte vai afetar as Forças Armadas e os chamados ricos norte-americanos, mas deve proteger aposentados e a classe média. O anúncio ocorreu na Universidade George Washington, na capital norte-americana.
As medidas, segundo Obama, exigirão “sacrifícios” de toda a sociedade. A sugestão do presidente inclui diminuir despesas do plano de saúde do aposentado e reestruturar o sistema fiscal para que sejam eliminadas as isenções que beneficiam os indivíduos e empresas.
"Perdemos o curso [dos acontecimentos] e devemos viver dentro de nossas possibilidades, devemos reduzir o déficit e voltar a um caminho que nos permita pagar nossa dívida", disse Obama.
Segundo o presidente, o foco da sua campanha à reeleição será a saúde. Em 2012, há eleições presidenciais nos Estados Unidos e ele já anunciou que tentará um segundo mandato. Os cortes deverão poupar programas de saúde pública, segurança social e de ajuda aos desfavorecidos.
O presidente anunciou o fim dos benefícios fiscais para os mais ricos, aprovados pelo seu antecessor, George W. Bush, e renovados em dezembro passado como parte de um acordo com os republicanos para ampliar os cortes de impostos para a classe média. "Não podemos permitir cortes de impostos para todos os milionários e bilionários”.
Segundo Obama, também serão revisados os valores destinados às Forças Armadas. O objetivo é cortar gastos, reiterou o presidente. "Assim como temos de encontrar maneiras de economizar em programas domésticos, nós teremos de fazer o mesmo com a [área da] Defesa".
"Não só temos de eliminar o desperdício e melhorar a eficiência e a competitividade, mas também proceder a uma revisão fundamental das missões dos Estados Unidos e mudanças no nosso papel no mundo”.
Durante o discurso, Obama indicou que pretende conter o envolvimento das tropas norte-americanas em ações militares no mundo. No mês passado, quando ele ainda estava em Brasília autorizou o ataque aéreo sobre a Líbia. A decisão contou com o respaldo do Conselho de Segurança das Nações Unidas que explicou a decisão com a defesa dos civis na região.