Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Três meses após a catástrofe causada pelas chuvas na serra fluminense, as rodovias federais e estaduais da região estão com o tráfego restabelecido, mas ainda há muitas obras a serem feitas para que a situação volte a ser igual à de antes do dia 12 de janeiro. As chamadas obras emergenciais, iniciadas na própria semana em que ocorreu a tragédia, já foram concluídas, tanto por parte do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) como pelo Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit).
Uma das rodovias mais afetadas pelas chuvas de janeiro foi a BR-495, estrada federal que liga o distrito de Itaipava, em Petrópolis, a Teresópolis. Atingida pela queda de pedras e barreiras, a rodovia ficou quase um mês interditada. Quando ocorreu a tragédia, a BR-495 passava por obras de restauração de sua pavimentação que foram interrompidas para dar lugar aos serviços emergenciais de desobstrução.
“Esperamos iniciar, dentro de dois meses, as obras de contenção de encostas”, informou o superintendente do Dnit no Rio, Marcelo Cotrim. Segundo ele, serão investidos R$ 15 milhões, para as quais os projetos de engenharia estão elaborados, faltando apenas a licitação das obras.
Nas rodovias estaduais, também há obras de contenção a serem executadas na dependência de licitação. Embora liberado, o tráfego ainda é feito em meia pista em diversas estradas administradas pelo DER-RJ. É o caso da RJ-130 (Teresópolis-Nova Friburgo), onde há dois pontos em meia-pista nos quilômetros (km) 52 e 57,5. A RJ-142, que liga o distrito de Muri, em Friburgo, a Casemiro de Abreu, passando por Lumiar, também tem um trecho em meia-pista no km 10,5.
A queda de pontes e barreiras na RJ-134 deixou isolado o município de São José do Vale do Rio Preto. Hoje, a ligação entre a cidade e a BR-116 está normalizada, mas ainda há três pontos em meia pista na altura da localidade de Poço Fundo.
O acesso à Nova Friburgo pela RJ-116 já está completamente normalizado, segundo a concessionária Rota 116, que administra a estrada desde o começo, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio, até Macuco. A partir de Nova Friburgo, no entanto, ainda há trechos com tráfego em meia pista nos km 91 e 92 e interrupção no km 102, onde as chuvas derrubaram a ponte sobre o Rio Grande, no acesso à cidade de Bom Jardim.
As obras da nova ponte, executadas pela concessionária em parceria com o DER, já tiveram início e deverão estar prontas em 150 dias. Até lá, o tráfego pela RJ-116 em direção ao noroeste fluminense continuará sendo feito por dentro da cidade de Bom Jardim, passando por uma ponte metálica provisória, construída pelo Exército.
Até a normalização da estrada, a Rota 116 está impedida de cobrar o pedágio em duas praças localizadas no trecho em obras por decisão da Justiça.
Na rodovia federal BR-116 (Rio-Teresópolis-Além Paraíba), o tráfego está normalizado, mas ainda há obras de contenção de encostas em locais afetados pelas chuvas de janeiro. Por causa dessas obras, no trecho Teresópolis-Além Paraíba, o tráfego é feito pelo sistema de pare e siga nos km 15, 64 e 76,5. Segundo a Concessionária CRT, obras de contenção serão feitas no trecho, entre os km 33 e 74.
Edição: Rivadavia Severo