Prioridade energética do Brasil é construção de Belo Monte, diz ministro

08/04/2011 - 11h58

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

 

Brasília – A maior preocupação do Brasil na área energética atualmente é a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu (PA), afirmou hoje (8) o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Segundo ele, o país terá 20 anos para dobrar o potencial de energia produzido hoje.

"O Brasil levou 145 anos para chegar ao potencial atualmente fornecido", lembrou. “Belo Monte já vem sendo estudada há 30 anos, foi amplamente debatida ao longo dessas décadas, e o governo tem o projeto como prioridade, porque é apenas parte da solução [para dobrar o potencial de energia]”, disse Lobão ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) em parceria com a EBC Serviços.

 O ministro destacou que "o mundo inteiro aplaude a possibilidade de o Brasil produzir energia limpa e renovável” e lembrou que cerca de 85% da energia produzida no país vem de hidrelétricas.

Sobre a acomodação das famílias que moram ao longo da área definida para construção da Usina Belo Monte, ele afirmou que "tudo será feito no seu tempo. “A cidade de Altamira, no Pará, passará por grande desenvolvimento em consequência da construção da barragem e toda a região será beneficiada com o projeto", afirmou.
  
O ministro de Minas e Energia lembrou que as construções de muitas usinas hidrelétricas já foram paralisadas no país, por questionamentos na Justiça. Ele acredita que, com Belo Monte, a tendência é que isso também ocorra. "O caminho no entanto é que ela seja construída, pois seria necessário inundar o Nordeste do país inteiro para alcançar a mesma produção que Belo Monte pode fornecer", disse Lobão

No início desta semana, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitou oficialmente ao governo brasileiro a suspensão imediata do processo de licenciamento da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Segundo a entidade, o objetivo é proteger as comunidades indígenas da Bacia do Rio Xingu.

 

Edição: Lílian Beraldo