Aneel abre processo para apurar causas de explosão em câmara subterrânea da Light no Rio

04/04/2011 - 13h23

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou hoje (4) que iniciou um processo de fiscalização sigiloso para apurar as causas da explosão em uma câmara subterrânea da Light em Copacabana, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (1º).

Por meio de nota, a agência reguladora não deu detalhes de fiscalização para não "prejudicar o andamento dos trabalhos", mas disse que também verificará se a Light, concessionária de energia responsável pela manutenção das câmaras, cumpre o plano de modernização, firmado em 2010, para evitar esse tipo de acidente. "Caso haja descumprimento do plano, a empresa poderá ser penalizada", diz a Aneel.

Na noite da última sexta-feira, uma explosão em uma câmara subterrânea na Avenida Nossa Senhora de Copacabana deixou cinco feridos. Durante o ocorrido, a tampa dos poços de inspeção foi arremessada a uma altura de 4 metros, abrindo uma cratera na pista.

A Aneel afirmou ainda que acompanha o problema desde as primeiras explosões, em novembro de 2009 e acrescenta que só comentará "possíveis medida judiciais" quando for notificada oficialmente. Isso porque a Procuradoria-Geral do Município do Rio de Janeiro estuda uma medida judicial para apurar as explosões e cobrar da concessionária medidas para solucionar o problema.

A explosão de câmaras subterrâneas no Rio tem se tornado um problema recorrente. No ano passado, um casal de turistas americanos foi atingido. Eles foram arremessados por uma distância de 8 metros. A mulher teve 80% do corpo queimado e homem, 35%.

A prefeitura da cidade também pretende contratar uma auditoria para avaliar as causas das explosões em Copacabana e o plano de manutenção de câmaras subterrâneas da Light. Com o último acidente, o programa deve ser acelerado.

Edição: Juliana Andrade