Da Agência Brasil
Brasília - Técnicos da Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que opera o Complexo Nuclear de Fukushima no Nordeste do Japão, planejam usar um polímero (grande molécula formada pela repetição de pequenas e simples unidades químicas) em pó para conter o vazamento de água radioativa de um dos reatores para o Oceano Pacífico. As informações são da Agência Lusa.
Ontem (2), a Tepco detetou uma fissura de cerca de 20 centímetros na parede de um poço perto de um dos reatores, onde está água com alta radioatividade (nível de iodo 131 que excede 10 mil vezes a concentração legal), que está indo para o oceano.
Os técnicos tentaram cobrir a fissura com concreto, no sábado, mas a presença contínua de água impediu que o material usado se solidificasse. Depois dessa tentativa, decidiram hoje injetar polímero em pó altamente absorvente no tubo que conduz ao poço, perto da entrada de água do reator 2 e que contém cabos elétricos. Especialistas acreditam que a água que inunda o poço e o porão do edifício vem do núcleo do reator.
Um porta-voz da Tepco disse que está comprovado que os poços das outras unidades da Central Nuclear não mostram fissuras semelhantes.
Na água do mar, perto da central nuclear, foram detectados níveis de radioatividade muito acima dos limites permitidos, o que gerou preocupação sobre a extensão e sobre o impacto da poluição a partir da unidade nuclear.
Enquanto continuam os esforços para conter o vazamento, os trabalhadores estão drenando a água radioativa que inundava os poços dos reatores 1, 2 e 3.
Os dois trabalhadores da central nuclear de Fukushima-Daiichi, que se encontravam desaparecidos desde 11 de março, foram encontrados mortos no local, noticiou a Agência Kyodo.
A empresa responsável pela central nuclear revelou que aqueles trabalhadores estavam desaparecidos desde 11 de março, o dia do sismo e tsunami que devastou o Nordeste do Japão, tendo morrido em consequência do tsunami que atingiu a central.
Os corpos foram encontrados na quarta-feira (30) e tiveram de ser descontaminados, sendo que o atraso do anúncio foi por “respeito às famílias” daqueles funcionários, justificou a Tepco. A empresa afirmou que essas foram as primeiras mortes confirmadas na Central Nuclear de Fukushima.