Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de 70 alunos da rede municipal do Rio de Janeiro assistiram hoje (25) à pré-estreia do desenho animado Rio em três dimensões (3D), no Cine Carioca Nova Brasília, que fica no complexo de favelas do Morro do Alemão, na zona norte da capital.
O filme, concebido e dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, o mesmo de A Era do Gelo, tem como cenário a cidade do Rio de Janeiro, com suas praias, florestas, favelas, carnaval e o Cristo Redentor. Rio conta a história da arara domesticada Blu, que nunca aprendeu a voar e vivia tranquilamente em uma pequena cidade dos Estados Unidos, mas que acaba parando na Cidade Maravilhosa. A produção é do estúdio Blue Sky, dos Estados Unidos.
Na sessão de pré-estreia, os alunos puderam acompanhar o filme ao lado dos atores americanos Anne Hathaway e Jesse Eisenberg, que emprestam as vozes às principais personagens do longa de animação. Carlos Saldanha disse que a ideia de fazer uma pré-estreia na comunidade do Alemão foi perfeita para ele e para os atores.
“Eles adoraram vir aqui conhecer a outra realidade do Rio de Janeiro. Uma coisa legal nos Estados Unidos é que os atores gostam de estar envolvidos em causas sociais. Não é só fazer cinema, Hollywood, glamour. É também ver a realidade das pessoas e usar a imagem para ajudar. Então, quando eu mencionei que ia ter uma sessão na favela, eles ficaram muito animados. Hotel bonito tem em todo lugar. Mas a favela é uma realidade do carioca e eles queriam saber como vivem essas pessoas”, disse Saldanha.
O Cine Carioca, sala de cinema da comunidade Nova Brasília, no conjunto de favelas do Alemão, é o primeiro em 3D construído em uma favela brasileira. Inaugurada em dezembro do ano passado, a sala tem apresentado uma taxa de ocupação de 72% e conta com equipamentos de última geração, incluindo um projetor 3D e 93 poltronas de couro.
O Complexo do Alemão foi alvo, no final do ano passado, de uma operação policial que contou com o auxílio do Exército e da Marinha e que culminou com a fuga dos traficantes de drogas da comunidade. Desde então, as favelas permanecem ocupadas pelas forças de segurança.
Edição: Vinicius Doria