Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As perspectivas para o setor exportador de algodão são muito boas, na avaliação do presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Marcelo Escorel. Segundo ele, a consequência da safra recorde 2010/2011, estimada pela associação em torno de 2 milhões de toneladas, será de uma exportação também recorde. “Os preços no mercado de algodão estão muito altos. Então, remuneram bem as novas vendas. E já começa a remunerar bem também a nova safra. De maneira que a gente prevê uma safra de 2012 também com um volume interessante”.
O presidente da Anea projeta que as exportações de algodão do Brasil alcancem na atual safra 630 mil toneladas. “Eu acho que é de 630 mil toneladas para mais. Depende muito do tamanho da safra. Parece que a produtividade vai ser muito boa”. Escorel admitiu, ainda, que os embarques poderão atingir até 700 mil toneladas este ano.
Ele apostou, inclusive, que a safra 2011/2012 poderá suplantar a atual. “Se a gente tivesse a foto de hoje, eu diria a você que sim”. Embora ressaltasse que as mudanças ocorrem com muita rapidez no mercado de algodão. Para Escorel, mantida a situação atual, a próxima safra poderá ser ainda maior que a de 2010/2011.
O presidente da Anea destacou que para o produtor nacional de algodão, a expansão da presença da China no mercado mundial é vista com bons olhos, ao contrário do que ocorre em relação à indústria. “[A China] é um mercado para o produtor brasileiro”. O problema da concorrência chinesa existe para o resto da cadeia, que envolve a indústria têxtil e de confecção.
Edição: Aécio Amado