Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Há 18 dias em clima de conflito, a Líbia recebeu o primeiro grupo de ajuda da Organização Mundial da Saúde (OMS) e material de uso hospitalar. A organização preparou um plano emergencial direcionado para as áreas de fronteira, onde imigrantes tentam deixar o território líbio. A ideia é garantir a presença de profissionais de saúde, além de material adequado e assistência específica para controlar surtos de doenças e problemas de saúde mental.
A OMS informou que médicos, enfermeiros e técnicos desembarcaram na região de Benghazi – cidade ocupada pela oposição ao presidente líbio, Muammar Khadafi. Os profissionais transportam kits para cirurgias e tratamentos de emergência. Dois caminhões foram utilizados para o transporte dos profissionais e do material.
De acordo com a OMS, o material foi financiado pelos governos da Noruega e Itália. No total, os profissionais terão material para mil intervenções cirúrgicas e tratamento de até 500 pacientes cirúrgicos, por dez dias.
Uma nova remessa será enviada para a região de fronteira entre a Líbia e a Tunísia, segundo a organização. O objetivo é encaminhar para essa área dez kits para atendimentos, material para 500 cirurgias e tratamentos emergenciais.
Os esforços das organizações ligadas às Nações Unidas e também não governamentais são garantir alimentação adequada, hospedagem, condições de saneamento e serviços de saúde para quem aguarda autorização para deixar o território líbio.
A Organização Internacional de Imigração (cuja sigla é OIM) informou que 172. 874 pessoas, principalmente trabalhadores, deixaram a Líbia desde o início dos confrontos, em 15 de fevereiro. Há queixas dos estrangeiros sobre as dificuldades para sair do país e a retenção de documentos por autoridades líbias.
Edição: Graça Adjuto