União Europeia estuda impor sanções à Líbia

23/02/2011 - 11h52

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os representantes dos 27 países que integram a União Europeia reúnem-se hoje (23), em Bruxelas, na Bélgica, e examinam a possibilidade de aprovar sanções à Líbia por discordar da forma como o governo trata as manifestações no país. A iniciativa ocorre no momento em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou a violência registrada na Líbia e a repressão de autoridades.

Durante a sessão, os embaixadores também deverão definir uma política comum para a retirada dos europeus que ainda estão na Líbia e têm dificuldades de deixar o país. As informações são da agência pública de Portugal, a Lusa.

No que depender da França e Alemanha, a Líbia deve ser alvo de sanções como punição pela escalada de violência na região e pelo tom ameaçador imposto ontem (22) pelo presidente líbio, Muammar Khadafi, com a finalidade de encerrar a série de protestos no país.

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, repudiou a violência na Líbia, mas condenou qualquer decisão que leve às sanções ao país. Segundo ele, o caminho é o do diálogo e da busca pelo fim do impasse.

A porta-voz da Alta Representante da União Europeia, Catherine Ashton, defendeu a suspensão imediata das negociações com a Líbia sobre um acordo de parceria, que foi lançado em 2008. Aston está em viagem ao Egito.

Há suspeitas de que o governo líbio promoveu uma série de bombardeios no país, matando civis, nas ruas de Trípoli, a capital líbia, e Benghasi, uma das principais cidades. As autoridades negam. Porém, relatos de moradores confirmam as informações. Para as Nações Unidas, há indicações também de crimes contra a humanidade.

Números de organizações não governamentais indicam que a quantidade de mortos pode chegar a mais de 400. As autoridades da Líbia confirmaram ontem (22) à noite cerca de 300 mortos.

Edição: Talita Cavalcante