Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Transpetro, subsidiária da Petrobras para a área de transporte, informou em nota, nesta segunda-feira (31), que a Usiminas ofereceu o melhor preço e venceu a mais recente licitação para a compra de 13 mil toneladas de chapas de aço destinadas à construção de navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef).
Segundo a empresa, 12 usinas siderúrgicas de cinco países participaram da licitação. Com o resultado, a Usiminas já contratou o fornecimento de 66 mil toneladas de aço para o Promef. Esse montante representa cerca de 40% do total de chapas compradas até agora no âmbito do programa, que soma 168 mil toneladas.
As 13 mil toneladas de chapas de aço adquiridas nessa últim a licitação serão utilizadas pelo Estaleiro Ilha (Eisa), no Rio de Janeiro (RJ), que está construindo quatro navios petroleiros do tipo Panamax para o transporte de óleo cru e produtos escuros.
"Os dois primeiros serão lançados ao mar em 2012 e os demais estão previstos para 2013, confirmando o renascimento da indústria naval brasileira por meio das encomendas da Transpetro”, informou a estatal em nota. "Nosso desejo é que todo o aço necessário à construção dos navios do Promef seja comprado no Brasil. E assim faremos, sempre que o preço for competitivo, ou seja, compatível com o praticado no mercado mundial", afirmou o presidente da Transpetro, Sergio Machado, por meio da assessoria da estatal.
Pelas estimativas da Transpetro, a construção dos 49 navios destinados à frota do Promef vai consumir, no total, 680 mil toneladas de aço. “A empresa continuará realizando tomadas internacionais de preço a fim de obter sempre as melhores condições comerciais para os estaleiros participantes do Promef. Tendo em vista o peso do aço no custo de um navio (20% a 30%), a estratégia é fundamental para estimular a competitividade da indústria naval brasileira”, explicou a companhia.
Um dos principais investimentos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o Promef já gerou mais de 15 mil empregos diretos, número que deverá chegar a 40 mil, além de 160 mil empregos indiretos. O programa, com duas fases, prevê a construção de 49 embarcações ao custo de mais de R$ 10 bilhões.
Edição: Vinicius Doria