Da BBC Brasil
Brasília - A Justiça Federal argentina condenou nessa quarta-feira o ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla (1976-1981) à prisão perpétua por crime contra a humanidade, após julgamento que durou seis meses, na província de Córdoba.
Videla, de 85 anos, deverá cumprir a pena numa cadeia comum. Ele foi julgado com outros 30 acusados de repressão, entre militares, policiais e carcereiros. No total, 13 receberam prisão perpétua.
Eles foram acusados de terem sequestrado, torturado e fuzilado 31 presos políticos, na cidade de Córdoba, em 1976. O juiz Jaime Diaz Gavier considerou Videla o “mentor” do caso. Com o ex-ditador, também foi condenado também à perpétua o ex-chefe militar de seu governo, Luciano Menéndez.
Na véspera, Videla fez um discurso em defesa da repressão, mostrado pelas emissoras de televisão argentinas. “Para mim, não foi uma guerra suja, mas uma guerra justa”.