Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Na disputa eleitoral pelo governo de Alagoas, estado que detém os piores indicadores sociais do país, estão em cena dois candidatos familiarizados com o Palácio República dos Palmares, sede do Executivo alagoano.

O candidato com mais votos no primeiro turno (39,58%), Teotônio Vilela (PSDB), é o atual governador, e Ronaldo Lessa (PDT) busca o terceiro mandato no governo estadual.

Lessa conseguiu o apoio de Fernando Collor (PTB), com quem travou acirrada disputa pela vaga no segundo turno. Lessa teve 29,18% dos votos e Collor 28,81%, o que dá a dimensão da importância do apoio do ex-presidente.

O papel desempenhado pelos presidenciáveis na campanha dos candidatos ao governo de Alagoas está bem definido desde o primeiro turno. Do mesmo partido de José Serra, o PSDB, o candidato Teotônio Vilela faz questão de repetir em entrevistas que tem um bom relacionamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que a diferença partidária não prejudicou a destinação de recursos federais ao estado.

Lessa tem a seu lado a candidata do PT, Dilma Rousseff, e Lula, que no primeiro turno gravou para ele um vídeo de apoio.

Apesar da pequena extensão territorial – é o segundo menor estado brasileiro –, Alagoas tem os piores indicadores sociais do país. Geração de emprego e renda, melhora do sistema educacional e da saúde estão entre os temas citados pelos candidatos em debates e entrevistas, na tentativa de mudar esse panorama.

Das 27 unidades da Federação, Alagoas é a que tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a maior taxa de mortalidade infantil e a menor expectativa de vida, de acordo com os Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Alagoas tem cerca de 3 milhões de habitantes distribuídos por 102 municípios e 2 milhões de eleitores. É grande produtor de cana-de-açúcar e um dos maiores produtores de gás natural do Brasil.

Edição: Talita Cavalcante